Résumés
Résumé
Après un rappel du contexte sociohistorique de l’émergence de l’animation socioculturelle et de sa professionnalisation, soulignant les valeurs qui lui sont liées, c’est à partir d’aspects contemporains de la société portugaise, de l’éventail des formations et des emplois actuels que nous projetons le futur professionnel des animateurs. Les personnes âgées et les enfants seront très certainement les groupes avec lesquels ces professionnels exerceront l’essentiel de leurs activités au sein d’organisations du tiers-secteur, au détriment des domaines culturels, d’occupation de temps libres, d’interventions communautaires ou auprès de groupes vulnérables. Dans tous les cas, la responsabilité des associations professionnelles et des institutions de formation est importante afin d’éviter que l’animation socioculturelle soit engloutie par la logique de marché et la technicisation, afin de garantir que sa spécificité et que les valeurs qui la sous-tendent soient sauvegardées.
Mots-clés :
- professionnalisation,
- formations,
- affrontement de valeurs,
- populations-cibles
Abstract
After a reminder of the socio-historical context of the emergence of sociocultural community development and its professionalization, highlighting the values that are related to it, it is from contemporary aspects of Portuguese society, the range of training and current jobs that we project the professional future of sociocultural community developers. The elderly and children will most certainly be the groups with which these professionals will exercise the bulk of their activities within third-sector organizations, to the detriment of cultural areas, leisure time occupation, community or vulnerable groups. In all cases, the responsibility of professional associations and training institutions is important to avoid that sociocultural animation is swallowed up by market logic and technification, to ensure that its specificity and the values underlying it are preserved.
Keywords:
- professionalization,
- training,
- clash of values,
- target populations
Resumen
Después de recordar el contexto sociohistórico del surgimiento de la animación sociocultural y su profesionalización, destacando los valores que le están vinculados, se parte de aspectos contemporáneos de la sociedad portuguesa, de la gama de formaciones y empleos actuales que proyectamos el futuro profesional de los animadores. Los ancianos y los niños serán sin duda los grupos con los que estos profesionales ejercerán la mayor parte de sus actividades en el seno de organizaciones del tercer sector, en detrimento de las esferas culturales, de ocupación de tiempo libre, intervenciones comunitarias o en grupos vulnerables. En todos los casos, la responsabilidad de las asociaciones profesionales y de las instituciones de formación es importante para evitar que la animación sociocultural sea absorbida por la lógica del mercado y la tecnificación, para garantizar que se salvaguarden su especificidad y los valores en que se basa.
Palabras clave:
- profesionalización,
- formaciones,
- enfrentamiento de valores,
- poblaciones-objetivo
Veuillez télécharger l’article en PDF pour le lire.
Télécharger
Parties annexes
Bibliographie
- APDASC (2019). Estatuto da carreira profissional de animador/a sociocultural https://apdasc.com/wp-content/uploads/2020/11/Novo-Estatuto-Profissional-Carreira-Animador-Sociocultural1.pdf
- Barreto, A. (2007). Portugal, Um Retrato Social. RTP, Portugal, Um Retrato Social - Documentários - RTP
- Beck, U. (1992). Risk Society: Towards a New Modernity. Sage.
- Besnard, P. (1980). L’animation socioculturelle. Presses universitaires de France.
- Besse-Patin, B. (2014). Du jeu dans la professionnalisation de l’animation. Animation, territoires et pratiques socioculturelles, 6, 93-104.
- Bonfim, C. & Saraiva, M. (1996). Guião Técnico do Centro de Dia - Elaborado pela Direção-Geral de Ação Social, aprovado por Despacho do SEIS, de 29 de novembro. Direcção-Geral da Acção Social, Núcleo de Documentação Técnica e Divulgação.
- Campos, J., Martins, C., Dias, A., Vohlgemuth, L. (2015). O Processo Formativo de Animadores Socioculturais na ESE de Lisboa e Transição para o Mercado de Trabalho. In Maria Manuel Serrano, M., Urze, P. e Assunção, F. (coords), First International Meeting of Industrial Sociology, Sociology of Organizations and Work, Work, Social Change and Economic Dynamics: Challenges for Contemporary Societies, na Escola Superior de Educação de Lisboa de 27 a 28 de novembro de 2014 em http://www.apsiot.pt/images/publicacoessiot/ft1eisiot.pdf
- Campos, J., Martins, C., Dias, A. & Vohlgemuth, L. (2016). Animadores socioculturais: formação e inserção profissional dos diplomados da ESELx- IPL. Organizações e trabalho, nº 43-44, 51-66.
- Caride Gomez, J. (2007). Por uma animação democrática numa democracia animada: sobre os velhos e os novos desafios da animação sociocultural como prática participativa, Peres, Américo Nunes & Lopes, Marcelino Sousa (coords.) Animação Sociocultural. Novos Desafios. (pp 63-75). APAP- Associação Portuguesa de Animação e Pedagogia.
- Carta Social (s.d.). Consulté le 20 septembre 2024 https://www.cartasocial.pt/
- Catálogo Nacional das Qualificações (s.d.). Consulté le 25 septembre 2024 https://catalogo.anqep.gov.pt/qualificacoesDetalhe/7323
- Dansac, C. et Vachée, C. (2019). Qu’est-ce qui fait vibrer les professionnels de l’intervention sociale ? dans F. Hille et V. Bordes (dir.), Professionnalisation des acteurs de l’intervention sociale. Recherches, innovation, institution. Éditions Cépaduès, p.49-55.
- Direção-geral do Ensino Superior (s.d.). Consulté le 25 septembre 2024 https://www.dges.gov.pt/
- Ferreira, F.I. (2011). Animação Sociocultural, Associativa e Educação. In Pereira, J. D. & Lopes, M. S. (coords.), As Fronteiras da Animação Sociocultural. Intervenção-Associação para a Promoção e Divulgação Cultural, p.123-145.
- Filipe, I. (2024). Animação Sociocultural: contributos para o seu posicionamento em Portugal; Quaderns Animació i educació social, nº 39; Janeiro de 2024; http://quadernsanimacio.net
- Filipe, I. (2024). Animação Sociocultural: contributos para o seu posicionamento em Portugal ; En: http://quadernsanimacio.net nº 39; Enero de 2024;
- Fonte, R. (2012). O animador sociocultural: agente de democracia participativa, in Cebolo, Cátia; Lima, José Dantas & Lopes, Marcelino Sousa (cords.) Animação Sociocultural. Intervenção e Educação Comunitária: Democracia, Cidadania e Participação, Intervenção-Associação para a Promoção e Divulgação Cultural, p. 107-116.
- Freitas, M. (2021). A luta para efectivação das 40 horas, no respeito pelos direitos in L. Carvalho, M. Santos, M. Freitas & V. Ranita (Eds) O Tempo de Trabalho – 1919-2019 Um centenário incómodo: ainda as 8 horas? Debate sobre o tempo de trabalho hoje. (p.23-28) Centro de Estudos Africanos da Universidade do Porto / União de Sindicatos do Porto/Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical Nacional. https://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/18885.pdf
- Gillet, J.-C. (1996). Praxéologie de l’animation professionnelle. Recherche et formation, nº 23, 119-134.
- Greffier, L. et Brisset, E. (2018). Quand les jeunes voyagent. Sac Ados, une accession à l’autonomie. Carrières Sociales Éditions.
- Guerra, P. & Santos, M. (2014). Narrativas das relações entre o Estado e as organizações do terceiro sector... Sociologia, Revista da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Vol. XXVIII, 2014, p.145-166.
- Lallement, M. et Laville J-L. (2000). Qu’est-ce que le tiers-secteur ? Sociologie du travail [En ligne], Vol. 42 - n° 4 | Octobre-Décembre, mis en ligne le 01 février 2001, consulté le 26 septembre 2024. https://journals.openedition.org/sdt/37065#quotation
- Lopes, M.S. (2008). Animação sociocultural em Portugal. Intervenção-Associação para a promoção e divulgação cultural.
- Lopes, M.S. (2012). A animação sociocultural: democracia, cidadania, participação e o dédalo do real com o virtual, In Cebolo, C.; Lima, J.D. & Lopes, M.S. (cords.) Animação Sociocultural. Intervenção e Educação Comunitária: Democracia, Cidadania e Participação. (p.79-90) Intervenção-Associação para a promoção e divulgação cultural.
- Ministério da Solidariedade e da Segurança Social (2012). Portaria n.º 67/2012. Diário da República n.º 58/2012, Série I de 2012-03-21, páginas 1324 – 1329 acedido https://diariodarepublica.pt/dr/detalhe/portaria/67-2012-553657
- Pires, C. (2013). « A retórica do “não-formal” e a expansão da “forma escolar” na política de escola a tempo inteiro». In O não-formal e o informal em educação: Centralidades e periferias. Atas do I colóquio internacionall de ciências sociais da educação / III encontro de sociologia da educação, Braga, CIEd, Instituto de Educação, Universidade do Minho, p.1802-1808.
- PORDATA (2024). Cinco décadas de democracia : o que mudou ? acedido https://www.pordata.pt/pt/resumos/digest/cinco-decadas-de-democracia
- Silva, A. (2013). La formation des animateurs et animatrices au Portugal, Revue Internationale Animation, territoires et pratiques socioculturelles, n.º 4, p.13-22, https://edition.uqam.ca/atps/article/view/227/75
- Trilla, J. (2004). Conceito, exame e universo da animação sociocultural. In Trilla, J. (coord.) Animação sociocultural – teorias, programas e âmbitos. (p.9-44). Instituto Piaget.
- Viché, M. (2014). Ciber@nim@ção. (Ana da Silva Trad.) Mario Viché González (œuvre originale publiée en 2013).
- Vohlgemuth, L., Campos, J., Dias, A. & e Martins, C. (2013). Formation des animateurs socioculturels : discours idéologiques et pratiques. In Richelle, J.L., Rubi, S. &, Ziegelmeyer, J.-M. (dir.), L’Animation socioculturelle professionnelle, quels rapports au politique ? (p.131-144). Carrières Sociales Éditons.
- Vohlgemuth, L., Dias, A., Martins, C. & Campos, J. (2018). L’éducation artistique et culturelle : quel dialogue entre animation socioculturelle et école ? In Liot, F. et Ruby, S. (Coord.), Ouvrons l’école. Quand la réforme des rythmes scolaires interroge les territoires et les partenariats (p.146-162). Bordeaux : Carrières Sociales Éditons.