Mesure et évaluation en éducation
Volume 29, numéro 1, 2006 L’actualité de la recherche en évaluation Sous la direction de Anne Jorro
Sommaire (8 articles)
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L’actualité de la recherche en évaluation
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L’activité évaluative entre cognition et réponse sociale : nouveaux défis pour les évaluateurs
Gérard Figari
p. 5–18
RésuméFR :
Ce texte a pour but de réaliser une revue de questions soulevées par la recherche sur l’évaluation en éducation à l’orée des années 2000, questions élaborées à partir des contributions de nombreux auteurs à un bilan effectué lors d’un colloque de l’ADMEE. Le regroupement présenté met l’accent sur des évolutions et des perspectives sensibles : l’évaluation étudiée de plus en plus comme une activité, l’évaluation de plus en plus centrée sur le sujet apprenant et expliquée dans le cadre de la cognition, l’évaluation de plus en plus influencée par le contexte social (normes, économisation). Autant de remises en question de la simple mesure des performances, outil traditionnel des évaluateurs.
EN :
This text aims at providing a review of the questions raised by research on evaluation related to education at the beginning of the years 2000, questions which were set up on the basis of contributions by numerous writers towards a summing up initiated during a colloquium of ADMEE. The present grouping is placing emphasis on evolution and on measurable perspectives: evaluation being studied more and more as an activity, evaluation increasingly focusing on the learning subject and explained within the framework of cognition, evaluation being influenced more and more by the social context (norms, «economisation»). All of which question the simple measure of performance which used to be the traditional tool of the evaluators.
PT :
Este texto tem como objectivo fazer um levantamento das questões enunciadas pela investigação em avaliação no início dos anos 2000, as quais foram elaboradas a partir dos contributos de vários autores para um balanço iniciado num Colóquio da ADMEE. O reagrupamento apresentado põe a tónica nas evoluções e nas perspectivas mais prementes: a avaliação estudada cada vez mais como uma actividade, a avaliação cada vez mais centrada no sujeito aprendente e explicada no quadro da cognição, a avaliação cada vez mais influenciada pelo contexto social (normas, economização). Todas questionam a simples medida das performances, que tem sido o utensílio tradicional dos avaliadores.
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L’évaluation au quotidien : conjuguer processus et produit
Louise M. Bélair
p. 19–30
RésuméFR :
Le but de cet article est de commenter les nouvelles perspectives de recherche en éducation au regard de la situation en Amérique du Nord, et notamment en Ontario francophone dans les années 2000-2001. Lorsque l’apprentissage des élèves est en cause, les structures politiques mettent de l’avant l’idée de produit plutôt que celle de processus, visant plutôt l’obligation de résultats et l’imputabilité des secteurs publics. L’école doit ainsi donner des résultats. Il est donc apparu important de faire le point sur les recherches actuelles centrées sur la cognition, au service de l’élève, pour les mettre en parallèle avec les obligations actuelles mettant l’accent sur le taux de réussite des élèves d’une école, indépendamment du processus de construction de sens qu’est l’apprentissage.
EN :
This paper is a commentary on new orientations in educational research in North America, with a particular focus on Francophone Ontario in the years 2000-2001. When addressing the issue of student learning, political institutions tend to stress results instead of processes, emphasizing the principles of imputability and results-based management. Schools must produce results. It is therefore important that we take stock of contemporary studies on cognition pertaining to student learning, and use research findings to assess the current obligation to improve the student success rates, independently of the construction of meaning that constitutes the learning process.
PT :
O objectivo deste artigo é comentar as novas perspectivas de investigação em educação, tendo por base a situação na América do Norte e sobretudo em Ontário Francófono, nos anos 2000-2001. Sempre que a aprendizagem dos alunos está em causa, as estruturas políticas avançam com a ideia de produto mais do que a de processo, visando sobretudo a obrigação dos resultados e a imputabilidade dos sectores públicos. A escola deve, assim, apresentar resultados. Pareceu, então, importante inventariar as investigações actuais centradas na cognição, ao serviço do aluno, para as pôr em paralelo com as obrigações actuais, que acentuam a taxa de êxito dos alunos de uma escola, independentemente do processo de construção de sentido que é a aprendizagem.
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Devenir ami critique. Avec quelles compétences et quels gestes professionnels ?
Anne Jorro
p. 31–44
RésuméFR :
Le but de cet article est de souligner les stratégies des acteurs en matière d’évaluation. L’analyse de l’activité évaluative semble une voie prometteuse parce qu’elle centre les acteurs sur les compétences et les gestes évaluatifs mobilisés. Nous postulons que chaque acteur peut devenir ami critique s’il bénéficie d’une formation expérientielle.
EN :
The aim of this article is to emphasis strategy of actors in assessment situation. Activity analysis is interesting because assessment skills and assessment acts are investigated. Every actor can become a critical friend if he learns by an experimental way.
PT :
O objectivo deste artigo é o de sublinhar as estratégias dos actores em matériade avaliação. A análise da actividade avaliativa parece uma via prometedora,pois centra os actores nas competências e nos gestos avaliativos mobilizados.Poatulamos que cada actor pode tornar-se amigo crítico se beneficiar de umaformação experiencial.
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L’instrumentation en évaluation
Marie-Claire Dauvisis
p. 45–66
RésuméFR :
Pour répondre à la demande d’évaluation et fournir des résultats, souvent communiqués sans nuances, il se développe toute une ingénierie avec une instrumentation importante ; par ailleurs, la construction d’outils d’évaluation apparaît comme une excellente entrée pour conduire les évaluateurs et les formateurs vers la formation. Ces faits méritent d’être examinés par la recherche en évaluation et lui fournissent nombre de nouveaux questionnements, de nature à élargir fortement son champ et ses perspectives traditionnelles.
EN :
The social interest in evaluation develops an important ingeniery with many new tools to communicate some results, presented often without neither explanation nor precaution. The construction of instruments appears like a good idea to attract evaluators and teachers to the formation. These facts have to be examinated by the evaluation research: they procure it new questions and wide its domain and its traditional points of views.
PT :
Para responder à exigência da avaliação e fornecer resultados, muitas vezes comunicados sem explicações nem precauções, desenvolve-se toda uma engenharia com uma extensa instrumentação; além disso, a construção de utensílios de avaliação surge como um excelente meio para conduzir os avaliadores e os formadores para a formação. Estes factos merecem ser examinados pela investigação em avaliação, fornecem-lhe novas questões, alargando muito o seu campo e as suas perspectivas tradicionais.
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L’évaluation institutionnelle : un cadre nouveau pour des pratiques nouvelles ?
Marc Demeuse
p. 67–80
RésuméFR :
L’évaluation institutionnelle, celle qui porte sur les projets et qui est portée par les décideurs qui la commanditent, pose de nombreux problèmes : au premier chef, sa légitimité. Qui est fondé à évaluer quoi ? Qui est le véritable usager de l’évaluation ? Quel est le « juste prix de la formation » mais aussi, et ce n’est pas encore très répandu, « quel est le juste prix de l’évaluation », le prix à payer pour « assurer la qualité » ? En somme, de plus en plus, le projecteur se déplace de l’efficacité vers l’efficience, pour remettre en question l’efficience même de la démarche évaluative. L’évaluation institutionnelle, alors que des renversements de perspectives s’opèrent quant aux acteurs et aux sujets/objets de l’évaluation, est elle-même remise en question : l’usager évalue le service chargé d’organiser et même d’évaluer la formation, le fonctionnaire dirigeant se transforme en « top manager » lui-aussi évaluable…
EN :
Institutional assessment that focuses on projects led by leaders who request it themselves, faces many problems: first of all, legitimacy. Who is well placed to assess what? Who is the real assessment’s end-user? What is «the through worth of training » but also, and this is not yet well widespread, what is « the through worth of assessment », what do we have to be ready to pay to « insure quality»? In other words, more and more, the focus is moving from efficiency to productivity, to questioning the productivity of assessment approach in itself. At the time when prospects are being reversed in terms of actors and subjects/objects of assessment, institutional assessment is questioned in itself: the end-user assesses the department in charge of organising and even assessing training programmes; the leading civil-servant is becoming «top-manager» to be assessed as well…
PT :
A avaliação institucional, aquela que incide nos projectos desenvolvidos por líderes e que é requerida por eles próprios, enfrenta muitos problemas: desde logo, a sua legitimidade. Quem está melhor posicionado para avaliar o quê? Quem é o verdadeiro utilizador da avaliação? Qual é o «justo preço da formação» mas também, e isto não é ainda muito tratado «qual é o justo preço da avaliação», o preço a pagar para «assegurar a qualidade»? Por outras palavras, cada vez mais o foco se desloca da eficácia para a eficiência, para questionar a própria eficiência da démarche avaliativa. A avaliação institucional, na medida em que se operam mudanças de perspectivas quanto aos actores e aos sujeitos/objectos, é ela própria posta em causa : o utilizador avalia os serviços que ele próprio organiza e avalia mesmo programas de formação, o funcionário dirigente transforma-se em «top manager» também ele avaliável…
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Les relations entre formation et évaluation : perspectives de recherches
Michel Vial
p. 81–97
RésuméFR :
Faisant le bilan du colloque de l’ADMEE de 2000, il semble que les relations entre formation et évaluation sont distribuées par les chercheurs et les praticiens de l’évaluation en trois conceptualisations : le retour de la mesure, l’évaluation comme « aide » au formé, l’évaluation comme pratique signifiante située. Ces trois perspectives de recherches sont utiles et méritent attention. Elles débouchent sur la question de plus en plus urgente d’une formation des enseignants et des formateurs à une culture en évaluation comme lieu de productions de modèles divers et tous disponibles.
EN :
In regard to the results of the ADMEE Conference of 2000, one gets the impression that practitioners and researchers in adult education and evaluation conceive the relationship between these two domains under three different aspects: the comeback of a quantitative approach («measurement»), evaluation as help and support for trainees, and evaluation as an attempt to make sense of human actions in singular situations. These three research perspectives are useful and worthy of attention. They tend towards the increasingly important question of including the development of an «evaluation culture» in teachers’ and adult education practitioners’ training programmes in order to enable them to produce diverse models all available for their practice.
PT :
Fazendo o balanço do Colóquio da ADMEE de 2000, parece que as relações entre formação e avaliação são distribuídas pelos investigadores e pelos práticos da avaliação em três conceptualizações : o regresso da medida, a avaliação como «ajuda» ao formando, a avaliação como prática significante situada. Estas três perspectivas de investigação são úteis e merecem atenção, pois põem a descoberto a necessidade cada vez mais urgente de os professores e os formadores se formarem para uma cultura em avaliação, como lugar de produções de diversos modelos e todos eles disponíveis.
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La recherche en évaluation : propos synthétiques et prospectifs
Jean-Marie De Ketele
p. 99–118
RésuméFR :
Cet article tente une synthèse de l’état de la recherche dans le domaine de l’évaluation, à partir des différentes contributions de ce numéro spécial et, plus largement, d’articles parus dans la revue Mesure et évaluation en éducation ou de communications présentées dans les colloques de l’ADMEE. Par suite de la multiplicité des travaux, cette synthèse tente de mettre de l’ordre en distinguant, d’une part, les pratiques évaluatives comme objets de la recherche et, d’autre part, l’évaluation comme outil de recherche. Pour chacun de ces aspects sont présentés les domaines qui ont été l’objet des plus grandes avancées et ceux qui soulèvent des problèmes insuffisamment abordés ou mal résolus.
EN :
The aim of this article is to depict the state of the art in evaluation and assessment in education, based on three main sources that came out from this researchers community: (1) articles from this specific issue; (2) articles edited in the Journal Mesure et évaluation en éducation and (3) papers presented at international conferences of the Association pour le développement des méthodologies de l’évaluation en éducation (ADMEE). This leads us to distinguish between two main topics, for which we pointed out both main advancements, pitfalls, and questions. The first one considers evaluative practices as research objects and the second one, looks at evaluation as a research method.
PT :
Este artigo faz uma síntese do estado da investigação no domínio da avaliação, a partir das diferentes contribuições deste número especial e, ainda, de artigos publicados na revista Mesure et évaluation en éducation e de comunicações apresentadas nos colóquios da ADMEE. Na continuidade da multiplicidade dos trabalhos, esta síntese tenta pôr ordem distinguindo, por um lado, as práticas avaliativas como objectos de investigação e, por outro lado, a avaliação como utensílio de investigação. Para cada um destes aspectos são apresentados os domínios que foram objecto de maiores avanços e aqueles que levantam ainda problemas, por terem sido pouco explorados ou por estarem mal resolvidos.