Abstracts
Résumé
La révolution des Oeillets, en avril 1974, a constitué une rupture dans l’histoire contemporaine portugaise. La chute du régime autoritaire de Salazar a permis une transformation en profondeur du pays. Des expériences d’autogestion sont alors apparues dans la sphère économique afin de préserver les emplois. Portés par ce contexte favorable, les travailleurs ont organisé la reprise de la production. Avec la fin du processus révolutionnaire, en 1976, les entreprises autogérées se sont trouvées isolées, malgré la protection constitutionnelle qui les caractérise. L’élaboration récente de l’économie sociale au Portugal a néanmoins conduit à une reprise de la notion d’autogestion.
Abstract
The Carnation Revolution in April 1974 represented a total break in contemporary Portuguese history. The fall of the authoritarian regime opened the way for a profound transformation of the country. Experiments in self-management appeared in the economic sphere to protect jobs. Encouraged by this favourable context, workers organised the resumption of production. With the end of the revolutionary process in 1976, self-managed firms found themselves isolated, despite their specific protection by the constitution. The recent development of the social economy in Portugal has nonetheless revived interest in the idea of self-management.
Resumen
La Revolución de los claveles en abril de 1974 constituyó una ruptura en la historia contemporánea de Portugal. La caída del régimen autoritario ha permitido una transformación en profundidad del país. Varias experiencias de autogestión surgieron entonces en la esfera económica con el fin de mantener los empleos. Gracias a este contexto favorable, los trabajadores han organizado la reanudación de la producción. Con el fin del proceso revolucionario en 1976, las empresas autogestionadas se han encontrado aisladas, a pesar de la protección constitucional que les caracteriza. La elaboración reciente de la economía social en Portugal ha sin embargo conducido a una recuperación de la noción de autogestión.
Appendices
Bibliographie
- Autogestion et Socialisme, 1976, « Mouvements de gestion directe au Portugal », nº 33-34, Anthropos.
- Baptista J., Kovács I., Antunes C. L., 1985, Uma gestão alternativa. Para uma sociologia da participação nas organizações, a partir de uma experiência portuguesa, Lisbonne, Relógio d’Água.
- Barros A., 1979, A reforma agrária em Portugal. Das ocupações de terras à formação das novas unidades de produção, Oeiras, Fundação Calouste Gulbenkian.
- BASE-FUT, 1979, 1re Conferência Nacional « Pelo Socialismo Autogestionário », Lisbonne, BASE.
- Combate, 1975, « Autogestão em Portugal. Um fenómeno social operário », nº 23, p. 1-8.
- Comissão coordenadora das empresas em autogestão, 1981, A realidade da Autogestão em Portugal, Lisboa, Perspectivas & Realidades.
- Comissão interministerial para análise da problemática das empresas em autogestão, 1980, Autogestão em Portugal, Lisboa, Ministério das Finanças.
- Drain M., 1982, Occupations de terres et expropriations dans les campagnes portugaises, Paris, CNRS.
- Guillerm A., Bourdet Y., 1975, L’autogestion, Paris, Seghers.
- Hobsbawm E., 1996, A era dos extremos. Breve istória do século XX. 1914-1991, Lisboa, Presença.
- Jossa B., 1998, Mercato, socialismo e autogestione, Roma, Carocci editoria.
- Laville J.-L., 2010, Politique de l’association, Paris, Le Seuil.
- Lefebvre H., 1966, « Problèmes théoriques de l’autogestion », Autogestion, nº 1, Anthropos, p. 59-70.
- Marwick A., 1998, The Sixties. Cultural Revolution in Britain, France, Italy and the United States. c.1958-c.1974, New York, Oxford University Press.
- Meira D., 2014, « A societarização do órgão de administração das cooperativas e a necessária profissionalização da gestão », Revista Júridica, Ciriec-Espagne.
- Meister A., 1964, Socialisme et autogestion, l’expérience yougoslave, Paris, Le Seuil.
- Namorado R., 1986, « Em defesa de um projecto autogestionário (Conco teses sobre o controlo da produção dez anos depois de Abril) », Revista Crítica de Ciênciais Sociais, nºs 18-19-20, p. 471-479.
- Namorado R., 2000, Introdução ao Direito Cooperativo. Para uma expressão jurídica da cooperatividade, Coimbra, Livraria Almedina.
- Nascimento C., 2000, « Autogestão e Economia solidária », Universidade Federal do Pará.
- Rouaud C., 2007, Les LIP, l’imagination au pouvoir, Les Films d’ici.
- Rosanvallon P., 1976, L’âge de l’autogestion ou la politique au poste de commandement, Paris, Le Seuil.
- Roux B. (dir.), 1982, « Réforme et contre-réforme agraire au Portugal », Tiers-Monde, nº 89.
- Santos M., Lima M., Ferreira V., 1976, O 25 de Abril e as lutas sociais nas empresas, Porto, Afrontamento.
- Singer P., 2013, Introdução à economia solidária, São Paulo, Fundação Perseu Abramo.